O roteiro dos cabos submarinos consiste numa visita aos locais mais emblemáticos de uma das épocas de maior desenvolvimento tecnológico, cultural e arquitetónico da cidade da Horta. No final do séc. XIX, a Horta passa de uma vila mercantil a cidade portuária de grande movimentação, graças à construção do porto artificial. No início do séc. XX, a cidade torna-se num dos maiores nós de cabos telegráficos submarinos do mundo. Companhias operadoras de vários países (Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido) instalam-se na cidade, trazendo os seus técnicos cabografistas. A Horta adquire então um caráter cosmopolita, com transformações na malha urbana da cidade, e na própria cultura e na vivência da ilha, com o aparecimento de clubes, orquestras e o desenvolvimento de novas práticas desportivas. Neste período, a arquitetura da cidade conhece uma evolução com a construção de conjuntos de edifícios para os quadros destas empresas, como são os casos da Colónia Alemã ou a Trinity House. Ainda nas primeiras décadas do séc. XX, surgem edificações com estilos dessa época, nomeadamente, de arquitetura eclética e de “Art Déco”. A primeira metade do séc. XX é também marcada pelo advento do transporte aéreo. A cidade torna-se o ponto de escala das primeiras travessias aéreas do Atlântico, sendo, nos anos 30 e 40, o local de amaragem dos hidroaviões das companhias de aviação norte-americanas e europeias.
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Latitude:
38.534107
- Longitude:
-28.627920
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